VIVER
E MORRER DUAS VEZES !
Adriano
Augusto Da Costa Filho
Quando
se nasce, já vivíamos,
Quando
morremos, já nascemos.
Nascemos
e sempre morremos,
Com
certeza nunca saberemos !
Ao
nascer já existíamos,
E
nesse dia já morremos.
Pelo
mundo continuaremos
Na
eternidade e seus ermos !
Todos
os dias vemos fugir as horas,
Que
as mortes elas as devoras.
Vivemos
num mundo de enganos
Com
certezas à luz dos desenganos !
Não
existe vencedor, nem vencido,
Todos
morrem, o fraco e o atrevido.
Morrem
os feios e os bonitos,
Os
bondosos e os malditos !
Os
bons irão para o Paraíso,
O Diabo aos
maus dá um sorriso.
Não
existe o Céu, nem o Paraíso.
Só
a sepultura e o seu piso !
Teremos
sorrisos e ventura,
A
alegria pouco tempo ela dura.
Vivemos
numa selva escura,
Ficaremos fechados
numa sepultura !
Fomos
criados a bilhões de anos,
Para
passarmos em tempos insanos.
Vivemos
rindo e chorando
E
os anjos nos apaziguando !
Olhar
o Céu e ver a Lua,
Mas,
a realidade é nua e crua.
Ela
está ali por um momento,
A enganar
nosso pobre pensamento !
Mas,
ao nascermos já morremos,
E ao
morrermos nós já vivemos.
Cada
dia que passa é um dia a menos,
Para
a Eternidade isso é de somenos !
ADRIANO
AUGUSTO DA COSTA FILHO
Casa do Poeta de São Paulo
Movimento
Poético Nacional
Academia Virtual Poética do Brasil
Academia Poços-Caldense de
Letras-MG
Ordem Nacional dos Escritores do
Brasil
Associação Portuguesa de
Poetas/Lisboa/Portugal